O óleo de coco tem sido noticiado como uma das novas maravilhas para a saúde. Dentre os inúmeros benefícios como o de ser antioxidante, ter gorduras que ajudam a diminuir o colesterol ruim, ser rico em ômega 3 e vitamina E ele ainda teria outras funções importantes para o organismo.

Notícias sobre as propriedades farmacológicas ou alimentares de determinados produtos sempre causam polêmica, pois muitas pessoas, mesmo sem consultar um médico, acabam tomando como verdadeiras as informações, passando a consumir de forma indiscriminada tais remédios ou alimentos.

Os modismos atingem até alimentos e remédios

A empresária do ramo de eventos Helena Lopes, de 59 anos, vive em Curitiba e se preocupa muito com a saúde. Antenada nas novidades, uma vez ela comprou pela internet um remédio que, supostamente, teria efeito positivo para articulações. "Tive um efeito colateral bastante ruim em meu corpo. Percebi que estava ficando inchada, mas não imaginei que fosse o tal remédio. Procurando informações na internet, descobri que o tal remédio natural era a base de cortisona e sequer tinha aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser distribuído.", conta Helena.

Mesmo com o susto, que poderia ter sido muito maior, já que ela fez uso de medicamento sem orientação médica, a empresária ainda costuma fazer suas comprinhas. A última foi exatamente o tão comentado óleo de coco, famoso como auxiliar ao emagrecimento. "Ouvi falar do produto e ao ver na farmácia, já logo fui comprando para experimentar", brinca ela, "porém acabei nem experimentando direito o produto".

Assim como Helena, muita gente está sendo levada a consumir óleo de coco e se beneficiar de suas propriedades, mesmo sem saber direito quais são. Esclarecendo as dúvidas, a nutricionista Christiane Vitola de Carvalho, da Vitaclin, explica que além das propriedades descritas no primeiro parágrafo desta matéria, o óleo ainda tem outras duas funções bem importantes:

1– Possui ácido láurico: também presente no leite materno é capaz de agir como anti-inflamatório natural e, também, aumentar o sistema imunológico pela ativação da liberação de uma substância chamada interleucina 2.

2– Tem a capacidade de combater micro-organismos como:
cândida albicans;
citomegalovirus;
clamídia;
estreptococos (dos grupos A, F e G)
giárdia;
helicobacter pylori;
herpes
influenza (gripe).


Estudos sobre o óleo de coco


Publicações sobre estudos do óleo de coco no Life Sciences Research Office, da Federação das Sociedades de Biologia Experimental dos EUA (Food and Drug Administration – FDA), apontam que o seu consumo não aumenta o colesterol ou o risco de se desenvolver doenças coronarianas, uma vez que esse tipo de óleo possui a propriedade de aumentar a fração HDL do bom colesterol.
"Muitas pessoas tem ouvido falar que o óleo de coco não serve para nada, que aumenta o colesterol e que pode prejudicar o fígado. Isso não é verdade, mas cada organismo tem as suas diferenças. Às vezes, determinadas substâncias, mesmo que as naturais, podem não fazer bem", diz Christiane.

O óleo de coco extra virgem, por extração a frio, tem se revelado rico em ácidos graxos saturados de cadeia média e curta, o que não produz efeito cumulativo de gorduras. Isso o torna capaz de reduzir o excesso de colesterol, tornando-o uma forma natural de cuidar da saúde. "Seu uso traz benefícios, mas antes de ingerir qualquer produto, a busca por orientação profissional é o mais prudente", orienta a nutricionista.


Fonte: Revista Corpore
Fonte da Imagem: Google