Implantes de silicone nos seios aumentam em 600% o risco de artrite, em 450% o risco de natimorto e em 400% o risco de câncer de pele. A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores do renomado MD Anderson Cancer Center da Universidade do Texas, em Houston.

Para o novo estudo, publicado na revista científica Annals of Surgery, a equipe analisou cerca de 100.000 pacientes inscritos em grandes estudos pós-aprovação de próteses entre 2007 e 2010. Aproximadamente 80.000 participantes tinham implantes de silicone e o restante, implantes preenchidos com solução salina. De acordo com os autores, esse é o maior estudo sobre consequências associadas a implantes de mama já realizado e os resultados são importantes para ajudar as mulheres a escolher qual prótese preferem.

A maioria das participantes colocou o implante por razões estéticas: 72% aumentaram a mama pela primeira vez e 15% estavam trocando um implante anterior. As demais colocaram as próteses após cirurgias de reconstrução: 10% a fizeram pela primeira vez e 3% passavam por uma revisão (troca de prótese).


Problemas constatados


Os resultados mostraram que as mulheres que optaram por próteses de silicone apresentaram um risco maior de vários resultados adversos raros, como artrite reumatoide; síndrome de Sjögren – distúrbio do sistema imunológico caracterizado por olhos e boca seca – e esclerodermia – endurecimento crônico da pele e dos tecidos conjuntivos. Todas essas condições vieram com um risco seis a oito vezes maior nessas mulheres do que na população geral.


Além disso, essas participantes apresentaram um risco de artrite seis vezes maior que a população geral, uma probabilidade de ter um natimorto – mas não um aborto espontâneo – 4,5 vezes maior e um risco quatro vezes maior de melanoma, em comparação com a população em geral.


Os implantes de silicone também foram associados a um maior risco de complicações cirúrgicas em comparação com soluções salinas. Cerca de 5% desenvolveram contratura capsular (enrijecimento da cápsula em torno da prótese), em comparação com 2,8% das mulheres com implantes salinos.


"Estamos relatando uma análise do maior estudo prospectivo até o momento sobre a segurança do implante mamário de silicone", disse Mark Clemens, professor associado do departamento de cirurgia plástica do MD Anderson Cancer Center.


Fonte de texto: veja.abril.com.br

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