O caso de coronavírus tem se intensificado a cada dia e atingido vários estados do Brasil. O crescimento no índice de pessoas infectadas pelo Covid-19 tem gerado grande preocupação na população. Dessa forma, é importante que as todas informações a respeito desta doença cheguem ao conhecimento de todos para que assim o contagio em grande escala seja evitado no país. Confira abaixo e entenda tudo sobre esse caso.


De acordo com o documento emitido pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) o fato do novo coronavírus ter se tornado uma pandemia pelo mundo já era esperado e cabe aos brasileiros ter prudência diante dessa situação e não pânico. Para que situações extremas no país sejam evitadas cabe a população tomar medidas de prevenção mais eficazes como: "etiqueta respiratória"; higienização, com água e sabão ou álcool gel a 70%, frequente das mãos; identificação e isolamento respiratório dos que estão com coronavírus e uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) pelos profissionais de saúde.


A SBI esclarece que o número médio de infectados por cada pessoa doente, do novo coronavírus é de 2,74, ou seja, uma pessoa doente com a COVID-19 transmite o vírus, em média, a outras 2,74 pessoas. Se for comparado com a pandemia de influenza H1N1 em 2009, esta taxa foi de 1,5. O sarampo também possui abaixo do coronavírus em torno de 15.

Segundo o órgão o contato com o paciente doente e o início dos sintomas da doença leva em média 5 dias, em casos raros podem chegar a 14 dias. Esse período é chamado de incubação. Cerca de 80 a 85% dos casos são leves e não há necessidade de hospitalização, no entanto é preciso manter o isolamento respiratório domiciliar. Somente 15% dos casos necessitam de internamento hospitalar e menos de 5% vão para o suporte intensivo.


O documento emitido pelo SBI considera que os primeiros 3 a 5 dias dos sintomas de coronavírus provavelmente são os períodos que possuem maior risco de transmissão. É por isso que há a necessidade do isolamento respiratório domiciliar. Além disso, o órgão aconselha que nenhum medicamento como lopinavir-ritonavir, cloroquina, interferon, vitamina C, corticoide, entre outros, seja usado para tratamento de pacientes com COVID-19 até que se tenha evidência científica de sua eficácia e segurança.

Como o Brasil é um país ‘continental’ estados e cidades podem apresentar fases diferentes da epidemia. A 1ª fase são os "casos importados", no qual, há poucas pessoas infectadas e todas regressaram de países onde há epidemia. A 2ª fase é a de transmissão local, nesse caso acontece com pessoas que não viajaram para o exterior, mas, ficaram doentes. Ainda assim é possível identificar o paciente que transmitiu o vírus, geralmente parentes ou pessoas que tem convívio social próximo. 3ª fase é a transmissão comunitária e pode ser considerada a mais perigosa, pois, acontece quando o número de casos aumenta exponencialmente e perdemos a capacidade de identificar a fonte ou pessoa transmissora.

Dentre as cidades brasileiras com maior possibilidade de acontecer a 3ª fase do coronavírus está São Paulo e o Rio de Janeiro. O motivo para isso é que as duas cidades são as mais populosas do país e possui grande número de viajantes. Se acaso a 3ª fase for identificada as recomendadas fornecidas pela SBI e para que o trabalho em horários alternativos; reuniões virtuais; home office; restrição de contato social para pessoas com 60 anos ou mais sejam estimulados. A realização de testes em profissionais de saúde com suspeita de gripe mesmo os que não tiveram contato direto com casos confirmados também devem ser feitos.


Até o momento escolas, faculdades ou escritórios não devem ser fechados. Escolas sem funcionamento, por exemplo, pode levar várias famílias a terem que deixar seus filhos com seus avós. Tendo em vista que em idosos, os casos de letalidade aumenta muito sendo em torno de 15% para os que possuem mais de 80 anos e comorbidades, o fechamento de escolas pode ser prejudicial para sociedade. Principalmente nos casos em que a transmissão é local ou são importados.

O fechamento das instituições de ensino só deve ser considerado quando a epidemia estiver na fase comunitária evoluindo de forma que geralmente passe de 1.000 casos como está ocorrendo em vários países da Europa e em algumas regiões dos EUA. Se chegar a este nível deve ser considerado também fechamento das escolas, faculdades e universidades; interrupção de eventos coletivos, como jogos de futebol e cultos religiosos; fechamento de bares e boates; disponibilização de leitos extras de UTI; pacientes com sintomas da doença devem permanecer em isolamento respiratório domiciliar e não devem mais procurar assistência médica, porque os serviços de saúde estarão sobrecarregados.



Fonte: SBI

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