Cientistas brasileiras desenvolveram, nos Estados Unidos, um produto capaz de reverter o envelhecimento da pele. A expectativa é lança-lo no mercado em outubro deste ano. As amigas, pesquisadoras e empreendedoras, Carolina Oliveira, Alessandra Zonari, Mariana Boroni e Juliana Lott de Carvalho possuem mais de 30 anos e são PhDs nas áreas de bioquímica, imunologia e bioinformática.


De acordo com Carolina, no início o objetivo da pesquisa era analisar a qualidade dos produtos usados para combater o envelhecimento, ou seja, o trabalho delas era conferir a eficácia do que os consumidores tinham disponíveis. Mas, ela percebeu que apesar da ciência ter evoluído ao longo dos últimos 10 anos a indústria cosmética não aderiu as inovações que surgiram.


"As opções atuais são temporárias e voltadas para encobrir os efeitos do envelhecimento, não tratam das causas. Algumas são até intervenções invasivas que podem ter efeitos colaterais. Isso nos fez abandonar a ideia de analisar o que havia no mercado e investir na criação do nosso próprio produto", explica a pesquisadora.


O primeiro passo das empreendedoras foi desenvolver um algoritmo capaz de medir a idade da pele, testado em centenas de amostras. Após isso, elas criaram o OS-1, um peptídeo, que é uma biomolécula composta de aminoácidos. Nos testes clínicos, o OS-1 aumentou a espessura da epiderme, melhorou sua elasticidade e textura, e reduziu a quantidade de células senescentes numa proporção entre 25% e 40%. "Diminuímos a idade molecular da pele sem efeitos colaterais. Podemos identificar a sua idade e quanto rejuvenesceu, é o DNA que está dizendo, e não o marketing", ressalta.


Além disso, o peptídeo tem potencial para ser aplicado em outros tecidos, com a mesma finalidade. O suplemento tópico OS-1 da OneSkin, nome da empresa das cientistas, será lançado primeiro nos EUA, mas elas têm planos de levá-lo para outros países, como o Brasil.


O apoio para desenvolver o estudo veio em 2016 com uma aceleradora de empresas iniciantes a IndieBio. Carolina enfatiza que o Brasil, possui pouco interesse na área da biotecnologia, enquanto que nos Estado Unidos ela e suas amigas pesquisadoras tiveram acesso a uma rede de mentores e investidores.


Carolina também fala sobre a importância dos estudos sobre a pele "trata-se de uma barreira natural contra infecções e agressões do meio ambiente, inclusive a poluição. É um componente vital para a saúde e a longevidade, mas vai ficando mais sujeita a doenças, como psoríase, eczemas e câncer. O acúmulo de células senescentes na pele nos levou a formular uma hipótese audaciosa: será que a sua deterioração não teria influência no nível de inflação do corpo, já que a barreira de proteção diminui? Nesse caso, um produto capaz de reverter seu envelhecimento poderia beneficiar o organismo como um todo", explica.

A idade cronológica, aquela que é marcada desde o momento que nascemos é diferente da idade biológica e justamente isso que as pesquisadoras desejam mudar, "Temos como modular algumas variáveis da idade biológica com exercício, alimentação adequada e sono de qualidade, por exemplo. Nosso suplemento tópico vai auxiliar a retardar o processo de envelhecimento, que não deve ser encarado como um limitador para as pessoas terem uma vida plena de significado. Também queremos inspirar meninas a seguir o caminho da ciência e mostrar que cientistas podem, sim, empreender", finaliza Carolina.

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Fonte: G1

Imagem: 123RF