Técnica de drenagem linfática mecânica, realizada por um aparelho que insufla uma manta que envolve o segmento edemaciado. As câmaras do aparelho podem ser únicas ou múltiplas, conectadas a um sistema compressor de ar, que realiza a compressão e descompressão em um intervalo de tempo.

Quando todas as câmaras se enchem, a unidade inflável é esvaziada, enchendo depois novamente. Durante todo esse ciclo, é gerada uma onda de pressão que atua como uma massagem, auxiliando na drenagem linfática.

A pressoterapia é indicada no pós-operatório onde haja edemas persistentes, tendo como objetivo principal auxiliar na mobilização de líquido do sistema venoso e linfático.

Seus principais efeitos são: redução do edema pelo aumento do fluxo linfático: que ocorre pelo aumento da pressão intersticial, favorecendo a entrada de líquidos e proteínas para dentro dos capilares linfáticos e pela compressão radial dos vasos linfáticos, favorecendo seu escoamento; aumento do fluxo venoso: como consequência do aumento da pressão intersticial, ocorre também aumento da pressão hidrostática, favorecendo a entrada de líquido nos capilares venosos.

A compressão radial atua em toda extensão do segmento, favorecendo seu escoamento sanguíneo e deslocamento proximal dos fluidos: caso haja alguma obstrução de linfáticos, o líquido é levado para áreas onde haja linfáticos normais, que possam absorvê-lo.

Alguns autores recomendam precaução na utilização da pressoterapia uma vez que o bombeamento mecânico não favorece a evacuação dos fluidos na região superior do segmento afetado. A técnica não é indicada no tratamento dos linfedemas avançados, devido à presença de fibrose e cicatriz tecidual.

Caso a pressão aplicada seja elevada, há o risco de traumatizar e danificar os vasos linfáticos superficiais, favorecendo a formação de fibroses linfáticas.

Recomenda-se que seja utilizada a pressão de distal para proximal decrescente, respeitando o limite de 40 mmHg. Acima deste valor ocorre a compressão das vias venosas responsáveis pela drenagem do líquido excedente.

Fonte: Portal Educação