O inverno é considerado a melhor época do ano para os tratamentos da pele, já que a maioria deles requer que o sol seja evitado. E a cada ano surgem novidades. Uma delas é o ácido azeláico, que tem ação clareadora e age nos melanócitos (células em que é produzido o pigmento melanina), interrompendo essa atividade e seu desenvolvimento.

É um princípio ativo que não age no pigmento normal da pele e sim apenas quando há excesso de pigmentação, inibindo uma enzima chamada tirosinase, que atua e estimula o processo de produção de melanina.

Além disso, tem ação anti-inflamatória, antibacteriana e comedolítica, isto é, é capaz de destruir os cravos formados na pele. Geralmente inicia-se a aplicação do produto a partir dos 14 anos, mas pode ser iniciado aos 12, caso haja recomendação médica.

Quando usar o ácido azelaico

Ele é indicado para acne vulgar, leve e moderada; hiperpigmentação pós-inflamatória; e é uma opção terapêutica para o melasma na gravidez. Pode ser utilizado na face e no corpo.

É muito recomendado também para clarear o escurecimento da pele causado pela foliculite e pelo encravado no corpo (pernas e virilha).

Pode ser utilizado ainda como peeling, fazendo uma esfoliação leve e tendo um efeito secativo, mas esse uso não é tão comum.

Como o produto age na pele

Para cada finalidade, o produto age de forma diferente:

Acne: tem ação antibacteriana, inibindo a bactéria que coloniza lesões inflamadas da acne; é comedolítico, ajudando a diminuir os comedões (cravos); tem efeito anti-inflamatório e secativo.

Melasma: é uma opção para o clareamento do melasma e a primeira opção para o tratamento do problema na gravidez.

Hiperpigmentação pós-inflamatória: age na pigmentação através da inibição da enzima tirosinase, que é fundamental no processo da pigmentação e formação do pigmento melanina.

Fotoenvelhecimento: tem pequena ação esfoliante e, por isso não é a primeira opção para rejuvenescimento. Ele é utilizado nessa finalidade quando também há manchas na pele.

A concentração do ácido azeláico pode variar de 5 a 25% e o produto pode ser em gel ou creme, sendo a opção em gel para peles mais oleosas e em creme para pele seca e para o corpo. É vendido em farmácias comuns, mas pode ser também manipulado. Tudo irá depender da prescrição. É um produto que deve ser indicado apenas por especialistas, de acordo cada problema apresentado e também com as características da pele. Cada tratamento é individual e cada indivíduo responde de formas diferentes.

Durante o tratamento o ideal é usar protetor todos os dias, mesmo que não tenha tanta luz. O uso da proteção deve se tornar um hábito diário para todos os indivíduos.

Efeitos colaterais

Antes de começar a aplicação, é possível testar se o paciente apresenta alguma reação alérgica. Basta aplicar uma pequena quantidade do produto na parte interna do antebraço e observar por 48 horas.

Ainda assim, como acontece com qualquer produto, o ácido azeláico pode causar alguns problemas, como deixar a pele irritada, vermelha e até mesmo descamativa.

Fonte: Dicas de Mulher