O outono e inverno são as estações do ano com clima e temperatura ideais para realização de alguns procedimentos clareadores e rejuvenescedores na face e no corpo, em especial os peelings químicos. Peeling é um tratamento desenvolvido com substâncias ácidas, designados a agir como esfoliantes químicos, e, dessa maneira promover a remoção da camada córnea através de descamação, e, consequente regeneração e renovação da pele. São tratamentos que os pacientes devem se expor menos ao sol a fim de evitar queimaduras ou efeito rebote. Dentre as principais indicações cosmecêuticas para a aplicação de peelings químicos estão: fotoenvelhecimento, surgimentos de manchas e desordens pigmentares como melasmas, manchas pós inflamatórias, manchas senis, sequelas de acne e outras lesões como cicatrizes pós inflamatórias, e, envelhecimento cronológico. Com ênfase no tratamento clareador, antes da escolha dos produtos ideais, é necessário conhecer um pouco como se dá a formação das manchas da pele. A melanogênese é um processo endógeno responsável pela síntese bioquímica da melanina que ocorre continuamente no nosso organismo, também influenciada por fatores externos. Substâncias como Tirosina, DOPA são fundamentais para que essa reação aconteça. As hiperpigmentações podem surgir devido a diversos fatores, como alterações hormonais, exposição ao sol, inflamações e uso de medicamentos ou produtos inadequados. Dentro as hipercromias mais comuns destacam-se:

Melasma, que é uma hipermelanose adquirida, caracterizada por máculas acastanhadas, com contornos irregulares, nas áreas fotoexpostas especialmente na face, é comum ocorrer durante ou após a gravidez;

Hipercromias pós inflamatórias, que surgem após as dermatoses inflamatórias, sendo elas: Pós-Acne, Pós-Dermatites, Pós-Queimaduras, cicatrizes pós ferimentos, Pós-Cirúrgicas, Pós-Depilação; Melanose Solar ou Manchas Senis. As melanoses solares são hipercromias de coloração castanho a marrom. Surgem apenas nas áreas que ficam muito expostas ao sol. Seu surgimento está relacionado com os danos cumulativos do sol ao longo da vida, ocorrendo mais frequentemente na pele idosa.

Efélides ou Sardas. As efélides ou sardas são hipercromias que ocorrem principalmente na face, ombros e colo. Seu surgimento está relacionado a herança genética e a exposição continua ao sol e tendem a escurecer mais durante o verão. Como vimos, algumas hipercromias como efélides, pós inflamatórias e melanoses podem ocorrer no corpo como colo, costas, braços, pernas e mãos. Por isso, os peelings químicos vão além de tratar apenas a face, pois o profissional e o cliente final aproveita essa época do ano para clarear todas as regiões afetadas por hipercromias, escolhendo produtos com resultados rápidos, seguros e garantidos.

A escolha do tratamento correto deve conter uma associação de moléculas despigmentantes e normalizadoras da síntese de melanina que atuam no clareamento de todos os tipos de hipercromias cutâneas com mecanismo de ação integrado e inteligente que age na prevenção, tratamento, manutenção, controle da repigmentação cutânea, e, rejuvenescimento. Assim, atua eficazmente em todas as etapas da formação da hipercromia: da síntese à deposição da mancha. Abaixo salientamos os principais ativos para o clareamento da pele:

Ácidos Vulcânicos: Suas partículas com atividade clareadora que atuam efetivamente no clareamento todas as hipercromias cutâneas.

Retinol: Potente Antioxidante neutralizando a ação de radicais livres; Promove intensa renovação celular através da diminuição do espessamento da camada córnea;

Ácido Kójico: Inibidor da melanogênese através da quelação do Íon Cobre, necessários para atividade da enzima Tirosinase.

Ácido Mandélico: Promove diminuição da coesão entre os corneócitos; Renovação Celular; Atua no Fotoenvelhecimento, como despigmentante, inibindo a ação da enzima Tirosinase.

Belides: Atua antes: Inibe a melanogênese. Atua durante: Reduz a atividade da enzima Tirosinase, e, a formação de radicais livres. Depois: Diminui a transferência do pigmento formado para a epiderme.

Alfa Arbutin : Clareador cutâneo utilizado no tratamento de diversas hipercromias. Promove clareamento e homogeneidade da tonalidade cutânea em todos os tipos de pele.

AA2G (Vitamina C Estabilizada): Previne a pigmentação da pele causada pela síntese de melanina nos melanócitos. Tem o poder de reduzir a quantidade de melanina clareando a pele; Libera lentamente a vitamina C por um período mais prolongado de até 8 dias.

Hexylresorcinol: Agente clareador de amplo espectro e de alta afetividade. Possui amplo espectro na inibição da melanogênese com proteção dos danos oxidativos as células.

Ácido Tranexâmico: Diminui a atividade da tirosinase no melanócito, impedindo a ligação do plasminogênio aos queratinócitos – que reduz os níveis de prostaglandinas e de ácido araquidónico, que são mediadores inflamatórios envolvidos em melanogênese.

SWC: É um complexo despigmentante composto por: Uva Ursi: que compete com a enzima tirosinase, diminuindo sua atividade;

Aspergillus Biofermentado, que quebra o cobre iônico, essencial para a atividade da enzima tirosinase; Extrato de Grapefruit, rico em ácido cítrico e málico com ação esfoliante e clareadora; Extrato de Arroz: rico em oligossacarídeos com função hidratante.



Fonte: NegócioEstética